sexta-feira, 1 de agosto de 2014

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Livros ainda são a maneira mais durável de guardar uma informação

  • Por diogo setti em 02/08/2014 às 2:14
Apesar de muitos falarem o contrário, a maneira que guardamos informação hoje (CDs, pendrivers, discos rígidos etc.) não duram muito tempo. “Eles servem para anos, mas não para décadas.”, diz Howard Bresser, professor e arquivista da Universidade de Nova Iorque que é considerado um dos pioneiros na preservação digital pela Biblioteca do Congresso. “Um CD supostamente deveria durar 100 anos, mas muitos não passam de 10.”
O bom e velho papel, em contrapartida, tem feito um bom trabalho até então. Até as pessoas começarem a utilizar químicos ácidos em papéis no século XIX, livros podiam durar 500 anos ou mais. E apesar do papel possuir suas vulnerabilidades – fogo e água, por exemplo – diversos aparelhos atuais também compartilham dessas fraquezas. Um disco rígido, por exemplo, pode sofrer de perda de mobilidade. “Você precisa mantê-lo girando regularmente para acessar as informações”, diz Besser. “É igual o Homem de Lata de O Mágico de Oz.”
Mas até mesmo os dados mais indestrutíveis não serão de uso algum caso ninguém consiga decifrar seu conteúdo. Os Arquivistas precisam também preservar as linguagens ou programas necessários para acessar a informação, seja esta Grego Antigo ou Windows 95. Besser e seus colegas se preocupam de que a decidificação é o verdadeiro problema do futuro. “A durabilidade de algo é realmente o menor dos problemas se compararmos com diversos outros problemas que temos”, ele diz.
Matéria publicada na edição de Dezembro da revista Popular Science.

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